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LIVRO "AGRICULTURA BIOLÓGICA"

Livro subordinado ao tema Agricultura biológica realizado pelos alunos Helder Hilário e Márcio Martins, com o objectivo quase terminado, a sua publicação na biblioteca escolar, em vias de facilitar a sua pesquisa e leitura.

O que acha da evolução da agricultura biológica nos últimos anos no nosso país?


Agricultura Biológica

Agricultura biológica é um termo frequentemente usado para a produção de alimentos e produtos animais e vegetais que não fazem uso de produtos químicos sintéticos ou alimentos geneticamente modificados, e geralmente adere aos princípios de agricultura sustentável. A sua base é holística e põe ênfase no solo. Os seus proponentes acreditam que num solo saudável, mantido sem o uso de fertilizantes e pesticidas feitos pelo homem, os alimentos têm uma qualidade superior a alimentos convencionais. Em diversos países, incluindo os Estados Unidos (NOP - National Organic Program), o Japão (JAS - Japan Agricultural Standard), a Suíça (BioSuisse) a União Europeia (CEE 2092/91), a Austrália (AOS - Australian Organic Standard / ACO - Australia Certified Organic) e o Brasil (ProOrgânico - Programa de Desenvolvimento da Agricultura Orgânica [→ IN007]), a agricultura orgânica é definida por lei e regulamentada pelo governo. Sistema de produção que exclui o uso de fertilizantes, Agro tóxicos e de produtos reguladores de crescimento. Tem como base o uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças. Esse sistema pressupõe a manutenção da estrutura e profundidade do solo, sem alterar as suas propriedades por meio do uso de produtos químicos e sintéticos. A agricultura orgânica está directamente relacionada ao desenvolvimento sustentável.

Características

O princípio da produção orgânica é o estabelecimento do equilíbrio da natureza utilizando métodos naturais de adubação e de controlo de pragas. A filosofia dos alimentos orgânicos não se limita à produção agrícola, estendendo-se também à pecuária (em que o gado deve ser criado sem remédios ou hormonas), e também ao processamento de todos os seus produtos: alimentos orgânicos industrializados também devem ser produzidos sem produtos químicos artificiais, como os corantes e aromatizantes artificiais. Pode-se quase resumir toda sua essência filosófica num desprezo absoluto por tudo que tenha origem na indústria química.
A cultura de produtos orgânicos não se limita a alimentos. Há uma tendência de crescimento no mercado de produtos orgânicos não-alimentares, como fibras orgânicas de algodão (para serem usadas na produção de vestimentas). Os proponentes das fibras orgânicas dizem que a utilização de pesticidas em níveis excepcionalmente altos, além de outras substâncias químicas) na produção convencional de fibras representam um abuso de ambiente por parte da agricultura convencional. A pedologia limitou-se durante décadas ao estudo da estrutura físico-química do solo. Hoje a agronomia ressente-se do seu desconhecimento da micro fauna e micro flora do solo e da sua ecologia. Estima-se que 95% dos microrganismos que vivem no solo sejam desconhecidos pela ciência. Produtos orgânicos costumam ser significativamente mais caros que os tradicionais, tanto por causa do maior custo de produção, quanto pelo seu marketing (que explora uma imagem de "apelo ecológico"). Muitos estados nos Estados Unidos agora oferecem certificação orgânica para os seus fazendeiros. Para um sistema de produção ser certificado como orgânico, a terra deve ter sido usada somente com métodos de produção orgânica durante um certo período de anos antes da certificação. Além disso, somente certas substâncias químicas derivadas de produtos naturais (como insecticidas derivados de tabaco podem ser usadas na produção vegetal e/ou animal). No Reino Unido, a certificação orgânica é realizada por algumas organizações, das quais as maiores são a Soil Association e a Organic Farmers and Growers. Todos os organismos certificadores estão sujeitos aos regulamentos da United Kingdom Register of Organic Food Standards, ligados à legislação da União Europeia. Na Suécia, a certificação orgânica é realizada pela Krav. - Na Suíça, o controlo é feito pelo Instituto Biodinâmico.

Importância económica

O movimento orgânico cresce em todo o mundo, e mesmo nos EUA é grande o número de homegardeners que utilizam a produção orgânica – isto é, pessoas que optaram por produzir em casa os vegetais que consomem para garantir a isenção de agro tóxicos. A produção orgânica, por sua própria natureza, adequa-se à pequena propriedade rural, e com frequência esses produtores organizam-se em cooperativas para comercializar os seus produtos. Essa organização permite o contacto directo com o mercado consumidor, crescente nos grandes centros. A demanda por produtos orgânicos tem sido maior que a oferta, levando a um aumento dos preços dos alimentos orgânicos (e consequentemente, um aumento na renda dos seus produtores). Além disso, cresce o número de feiras de produtos orgânicos, onde o produtor vende directamente ao consumidor. Também a pecuária orgânica, que utiliza sistemas como o pastoreio Voisin, escoa lacticínios por este sistema sem intermediários. O comércio internacional de produtos orgânicos tem nos países da Europa setentrional um dos seus grandes compradores.


O Mundo está nas suas mãos!!!

Transgénicos

Transgénicos (Transgénicos em Portugal) são organismos que, mediante técnicas de engenharia genética, contenham material genético de outros organismos. A geração de transgénicos visa a obtenção de organismos com características novas ou melhoradas relativamente ao organismo original. Resultados na área de transgenia já são alcançados desde a década de 1970, na qual foi desenvolvida a técnica do DNA recombinante. A manipulação genética recombina características de um ou mais organismos de uma forma que provavelmente não aconteceria na natureza. Por exemplo, podem ser combinados os DNAs de organismos que não se cruzariam por métodos naturais.

Aplicações

A aplicação mais imediata dos organismos transgénicos (e dos organismos geneticamente modificados em geral) é a sua utilização em investigação científica. A expressão de um determinado gene de um organismo num outro pode facilitar a compreensão da função desse mesmo gene. No caso das plantas, por exemplo, espécies com um reduzido ciclo de vida podem ser utilizadas como "hospedeiras" para a inserção de um gene de uma planta com um ciclo de vida mais longo. Estas plantas transgénicas poderão depois ser utilizadas para estudar a função do gene de interesse mas num espaço de tempo muito mais curto. Este tipo de abordagem é também usado no caso de animais, sendo a mosca da fruta um dos modelos mais populares para este tipo de ensaio. Noutros casos, a utilização de transgénicos é uma abordagem para a produção de determinados compostos de interesse comercial, medicinal ou agronómico, por exemplo. O primeiro caso público foi a utilização da bactéria E. coli, que foi modificada de modo a produzir insulina humana em finais da década de 1970. Um exemplo recente, já em 2007, foi o facto de uma equipa de cientistas conseguir desenvolver mosquitos resistentes ao parasita da malária, através da inserção de um gene que previne a infecção destes insectos pelo parasita portador da doença. Os investigadores esperam começar os testes de campo na África Sub-sariana dentro de aproximadamente 5 anos. No entanto, os casos mais mediáticos são os das plantas transgénicas, que são modificadas de modo a serem mais resistentes a herbicidas, por exemplo, ou a produzir substâncias que lhes permita resistir a insectos, nemátodes ou vírus. A utilização deste tipo de organismos tem desencadeado, no entanto, acesas discussões acerca da sua segurança em termos ambientais e da saúde pública.

Prevalência de culturas geneticamente modificadas

É estimado que a área de cultivo deste tipo de variedades esteja com uma taxa de crescimento de 13% ao ano. A área total plantada é já superior a 100 milhões de hectares, sendo os principais produtores os Estados Unidos, o Canadá, o Brasil, a Argentina, a China e a Índia. Vários países europeus, entre os quais Portugal, a maioria dos países Sul-americanos, vários países africanos e asiáticos e a Austrália têm cultivado também milhões de hectares de culturas transgénicas. As culturas prevalentes são as de milho, soja e algodão.

Biotecnologia e Organismos Transgénicos

Embora o termo "Biotecnologia" tenha sido usado apenas em 1919 por um Engenheiro Agrícola, na Hungria, as primeiras experiências deste tipo datam de 6000 AC, com o uso de leveduras para fermentar pão e vinho. A selecção do trigo, arroz e outros cereais fazia parte da estratégia de melhoramento de plantas do Império Romano. Foram também os romanos que começaram a utilizar a clonagem para produzir cópias fiéis de seres, neste caso plantas enxertadas. O interesse pela manipulação genética existe desde o século XIX, quando os cientistas começaram a estudar as potencialidades da reprodução assexuada. Nas décadas de 50 e 60 foi conhecida a estrutura do DNA (com os trabalhos de Jim Watson e Francis Crick, entre outros) deixando claro que a manipulação genética, apesar das dificuldades encontradas, estava apenas no início. A discussão dos transgénicos ganhou força internacionalmente na conferência sobre a fome, realizada em Roma no ano de 1967. O evento, apoiado pela Organização das Nações Unidas, foi agitado com a declaração da FAO (Food and Agriculture Organization) sobre a futura incapacidade mundial de produção de alimentos a nível mundial. A FAO argumentava que a baixa produtividade dos solos, o aumento das pragas, a falta de tecnologia de produção de sementes ou a fertilização inadequada seriam os principais motivos de escassez alimentar. Aproveitando novas perspectivas de mercado, as empresas começaram a patrocinar pesquisas na área da Biotecnologia. Iniciavam-se assim as pesquisas sobre os alimentos transgénicos. Grande parte das pesquisas efectuadas tiveram lugar em solo americano. No início das pesquisas, a Europa não acreditava no avanço da biotecnologia, facto que condicionou o investimento nesta área. Actualmente, verifica-se uma maior liberalização tanto na produção como na investigação de OGM's em solo americano. Contrariamente à política americana sobre os transgénicos, a Europa possui regras severas para a produção e comercialização dos OGM’s. A importância dos conhecimentos de genética e de tecnologia na nossa sociedade é cada vez maior, sendo crescente o seu potencial em diversas áreas de interesse público, tais como a saúde e a nutrição.
Foi nos anos 90 que pela primeira vez se introduziu no mercado dos Estados Unidos da América um alimento transgénico. Desde aí, a investigação, produção e comercialização desse tipo produtos têm vindo a aumentar consideravelmente. Hoje em dia 4% do total de terra cultivável no mundo é ocupado por variedades transgénicas de espécies agrícolas como o milho, a soja, o açúcar, a batata, e o arroz.
Desde sempre a selecção e melhoramento tradicional das plantas permitiram a transferência ao acaso de genes, resultante na transmissão de características tanto benéficas como prejudiciais ao consumo e produção. Por outro lado, nos dias de hoje, os cientistas sabem o que querem melhorar e o que deverá ser modificado nos genomas de modo a que uma dada espécie apresente mais vantagens para o Homem, nomeadamente ao nível nutritivo.
Os organismos geneticamente modificados mais comuns são as plantas. Porém a tecnologia é capaz de "tratar" todas as formas de vida, desde animais de estimação que brilham no escuro, a bactérias que formam um bloqueio ao vírus do HIV, passando por porcos que têm genes de espinafres ou por cabras que produzem seda como a das aranhas.

Alimentos transgénicos - Devemos consumí-los?


Crítica aos Organismos Geneticamente Modificados

A manipulação genética dos organismos vivos deixou de ser uma história de ficção científica, tornando-se, num assunto actual e de interesse público.
Actualmente, as consequências do cultivo, criação e consumo de OGMs, minimamente conhecidas são duvidosas, é difícil ter certezas quanto á segurança que os alimentos transgénicos oferecem aos consumidores.
Argumenta-se, que o cultivo de OGMs vem de encontro á necessidade de alimento para uma população em crescimento. Outro argumento é o de que os transgénicos vão acabar com a fome no Mundo. No entanto, verifica-se que o principal causador da fome é a pobreza, que determina a incapacidade de acesso aos alimentos por parte das populações, não é a falta destes. Todos os anos são queimadas toneladas de produtos agrícolas, ou seja, verifica-se que estes existem em excesso. Sendo assim, o problema está na má distribuição da riqueza pelos países.
Para além disto, e por incrível que pareça a ingestão de espécies vegetais transgénicas pode aumentar o risco de recombinação de genes resistentes a antibióticos com microrganismos patogénicos existentes no nosso corpo ou no ambiente. Com isto, determinados medicamentos podem tornar-se ineficazes no combate a doenças que vão deixar de poder ser curadas com antibióticos vulgares. Foi também verificada a possibilidade de espécies naturais serem contaminadas pelas transgénicas, isto porque os transgenes podem ser transportados para essas espécies através da polinização cruzada (vento ou abelhas).
Por outro lado, sabemos que as plantas sofrem de várias doenças causadas por vírus, fungos ou bactérias. Sendo assim, a engenharia genética encontrou uma forma de inserir determinados genes nas espécies vegetais para que estas se tornem resistentes a agentes patogénicos. Outro argumento será a possibilidade de se praticar agricultura em zonas particularmente frias do planeta. Uma vez que as geadas são uma das causas para a perda de colheitas, os geneticistas introduziram um gene de um peixe que vive em águas geladas para que as plantas manipuladas formem uma proteína que irá impedir a formação de cristais de gelo no caule e nas folhas da planta. É possível também, inserir vários nutrientes na constituição de uma planta, principalmente aqueles de que as populações têm mais necessidade.
Normalmente, os opositores não se declaram completamente contrários aos OGMs, apenas pedem a realização de experiências e análises até que fique provado que estes são inofensivos para o homem e o ambiente. Defendem também a rotulagem dos produtos para que o cidadão possa optar ou não pelo consumo de OGMs.
Deste modo, serei certamente a favor dos OGMs a partir do momento que for elaborada uma maior pesquisa por parte de organismos isentos e credíveis, com resultados claros da inexistência de qualquer tipo de perigos quer para a vida humana quer para a ambiental.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Transgénicos-será que devemos consumí-los?



• Alimentos Transgénicos são alimentos cuja semente foi modificada em laboratório. Essa semente é modificada para que as plantas possam resistir às pragas de insectos e a grandes quantidades de pesticida.
• Esses alimentos podem causar riscos ambientais, nomeadamente o aparecimento de ervas daninhas resistentes a herbicidas; a poluição dos terrenos e lençóis de água com agro-tóxicos; a perda da fertilidade natural dos solos e da biodiversidade.
• Os alimentos Transgénicos também podem ter consequências negativas para a saúde, pois existem estudos que revelam que algumas variedades de alimentos Transgénicos ”podem” prejudicar gravemente o tratamento de algumas doenças, tanto nos homens como nos animais. Isto acontece porque algumas culturas de alimentos Transgénicos contêm genes que resistem aos antibióticos.
• Por isso, não devemos consumí-los enquanto não houver estudos que demonstrem se os alimentos Transgénicos fazem bem ou mal à saúde e devemos evitá-los como medida de precaução.
• Enquanto as empresas não garantirem a segurança e a qualidade relativamente a estes alimentos, devemos evitar a sua compra e o seu consumo. Assim, se não consumirmos alimentos Transgénicos, evitamos que eles sejam plantados e protegemos o meio-ambiente.

1 comentário:

Unknown disse...

parabéns por começarem o vosso blog logo com este tema

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